sexta-feira, 12 de abril de 2013

Grande Sertão: Veredas

Uma das mais belas "estórias" escrita por Guimarães Rosa! 
O sertão como horizonte, um amor que toca a alma e a diversidade religiosa de todo um país em um único livro... 
A série abaixo é apenas uma gota do grande "rio" litérário que percorre o sertão.
Viva Riobaldo e suas crises; viva Diadorin e seu interior apaixonante; viva os cangaceiros  e as suas leis; viva as crenças sertanejas, a beleza, a cultura e o Brasil!

“Reza é que sara da loucura. No geral. Isso é que é a salvação-da-alma... Muita religião seu moço! Eu cá, não perco ocasião de religião. Aproveito de todas. Bebo água de todo rio.” (Guimarães Rosa, p 8)




Resumo do livro: Grande Sertão: Veredas


Grande Sertão: Veredas

Conhecera-o quando menino e mantinha com ele uma relação que muitas vezes passava de uma simples amizade. O jagunço, que admirava e cultivava um terno laço com Diadorim, perturbava-se com toda aquela relação, mas a alimentava com uma pureza que ia contra toda a rudeza do sertão, beirando inclusive o amor e os ciúmes. Nas longas tramas e aventuras dos jagunços, Riobaldo conhece um dos seus heróis: o chefe Joca Ramiro, verdadeiro mito entre aqueles homens, que logo começa a mostrar certa confiança por ele. Isso dura pouco tempo, já que Riobaldo logo perde seu líder: Joca Ramiro acabou sendo traído e assassinado por um dos seus companheiros chamado Hermógenes. Riobaldo jura vingança e persegue Hermógenes e seus homens por toda aquela árida região.

Como o medo da morte e uma curiosidade sobre a existência ou não do diabo toma cada vez mais conta da alma de Riobaldo, evidencia-se um pacto entre o jagunço e o príncipe das trevas, apesar de não explícito. Acontecido ou não o tal pacto, o fato é que Riobaldo começa a mudar à medida que o combate final contra Hermógenes se aproxima. E a crescente raiva do jagunço só é contida por uma relação mais estreita com Diadorim, que já mostra marcas de amor completo. Segue-se, então, o encontro com Hermógenes e seus homens, e a vingança é enfim saboreada por Riobaldo. Vingança, aliás, que se tornou amarga: Hermógenes mata, durante o combate, o grande amigo Diadorim... A obra reserva, nas últimas páginas, uma surpreendente revelação: na hora de lavar o corpo de Diadorim, Riobaldo percebe que o velho amigo de aventuras que sempre lhe cativou de uma forma especial era, na verdade, uma mulher.




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